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Confissão de Fé
Confissão de Fé

C O N F I S S Ã O     D E     F É

A presente Confissão de Fé toma como base os 28 Artigos da Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo, a Con­fissão de Fé de Westminster e a Declaração de Savoy, mas a sua base fundamental é a Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras. Esta Confissão é aceita por todas as Igrejas Evangélicas Congregacionais que fazem parte da Associação de Igrejas Evangélicas Congre­gacionais Conservadoras do Brasil.

 

Capítulo I

DAS ESCRITURAS SAGRADAS 

Artigo 1° - Cremos nas Escrituras do Antigo e Novo Testamentos e proclamamos que elas:

a) São inspiradas Verbal e Plenariamente, infalíveis e inerrantes em sua composição original;

b) Contêm 66 (sessenta e seis) livros, sendo 39 (trinta e nove) no Antigo Testamento e 27 (vinte e sete) no Novo Testamento;

c) São a nossa única e suficiente regra de fé e prática;

d) São suficientes e perfeitamente eficazes para responder a todos os anseios e necessidades do ser humano;

e) Contêm todo o Conselho ou Propósito de Deus expressamente registrado quanto a Sua Glória, Majestade e Honra e quanto à plena salvação do ser humano;

f) São perfeitas e completas, não havendo necessidade de acrés­cimo em seu conteúdo, seja pela sabedoria e/ou tradição humana, seja por suposta revelação nova do Espírito Santo.

 

Capítulo II

DA PESSOA DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE

(Triunidade de Deus)

Artigo 2° - Cremos na existência de um Deus único e verdadeiro, invisível, sem forma corpórea, Imutável, Imensurável, Eterno, Todo‑Poderoso, Justo, Infinitamente Amoroso, Gracioso, Misericordio­so, Paciente, Abundante em Bondade e Verdade, Perdoador da iniqüidade, da transgressão e do  pecado, Criador e Controlador de todo o universo conforme o conselho de Sua Glória, Galardoador dos que piedosamente o buscam, mas também Justo e Implacável em seu julgamento, que odeia o pecado e de modo nenhum o tolera.

Artigo 3° - Cremos que desse Deus soberano emana toda a vida, glória, bondade e bênçãos. Ele é Único em Sua essência e dEle emana igualmente toda a suficiência. Ele é a origem de todo o ser e de quem e para quem são todas as coisas. Ele possui domínio absoluto sobre todas as coisas criadas que estão sempre nuas e patentes diante dEle.

Artigo 4° - Cremos que na Unidade da Deidade (= o estado de ser de Deus) há três Pessoas da mesma essência (= substância), poder e eternidade: O Deus-Pai, O Deus-Filho e O Deus-Espírito Santo, formando a Santíssima Trindade, que é o fundamento de toda a nossa comunhão e fé no Deus Triúno.

a) O Deus-Pai é único, não tendo princípio nem fim (Eterno), Criador, Controlador e Sustentador de todas as coisas conforme declarações feitas nos artigos 1°, 2° e 3°;

b) O Deus-Filho, Jesus Cristo, é filho por geração eterna (= sem princípio e sem fim) do Deus-Pai e a plenitude de Deus, segundo afirmação do apóstolo Paulo: “...porquanto nEle habita corporalmente (= segundo o modo de um corpo e não num corpo) toda a plenitude da Divindade (originalmente THEÓTETOS = Deidade, e não THEIÓTES = divindade). Também nele estais aperfeiçoados. Ele é a cabeça de todo principado e potestade.”(1) O Deus-Filho encarnou-se tornando-se verdadeiro homem para promover a salvação do ser humano através de sua obra sacrificial no Calvário;

(1) Cl 2.9,10

c) O Deus-Espírito Santo procede eternamente (= sem princípio e sem fim) do Deus-Pai e do Deus-Filho, é o Consolador prometido por Jesus Cristo e enviado pelo Pai,(2) que guia o crente e nele habita(3)  e que tem a tríplice missão de convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo.(4)

(2) Jo 14.26     (3) Jo 16.13; 14.17      (4) Jo 16.8-11

 

Capítulo III

DOS DECRETOS ETERNOS DE DEUS

(Chamada Efetiva, Justificação e Adoração)

Artigo 5° - Cremos que o Deus Único e Verdadeiro, conforme preceitua o Artigo 2º, sendo um Deus Eterno e Imutável, embora não seja autor do pecado e do mal, a tudo planejou em Seus decretos Eternos, livre e soberanamente. Assim, dentro de seus Eternos Decretos, encontramos, inclusive, a Chamada Efetiva dos seus eleitos, que são Justificados pela Fé no Senhor Jesus Cristo (declarados justos) e Adotados como filhos amados e, por isso mesmo, libertados da condenação eterna que é o destino de todos os homens como conseqüência do pecado.(1)

(1) Rm 5.1; Jo 1.12

 

Capítulo IV

DA CRIAÇÃO

(As obras de Deus)

Artigo 6° - Cremos que foi do agrado do Deus-Pai, do Deus-Filho e do Deus-Espírito Santo, o Deus Triúno, para a manifestação de Sua Glória e Eterno Poder, criar ou trazer à existência os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há, sejam coisas visíveis ou invisíveis. Cremos que essa obra da criação, conforme o relato bíblico, foi concluída no sétimo dia da criação, ocasião em que o Criador também descansou.(1)

(1) Gn 2.1-3

a) Dentro da Obra da criação destaca-se a formação do homem, com um corpo criado do pó da terra;

b) O homem foi criado macho e fêmea (um casal), com alma inteligente, imortal, investido de sabedoria, justiça e verdadeira santidade, conforme a imagem e semelhança de Deus.(2)

(2) Gn 1.27;2.1-25

 

Capítulo V

DA PROVIDÊNCIA 

Artigo 7° - Cremos que o Deus Triúno, Criador de Todas as coisas, também preserva, dirige e governa tudo o que criou, das menores às maiores coisas, com Sua sábia e santa providência e com Sua infalível e eterna sabedoria.

Artigo 8° - Cremos que Deus, em Sua ordinária Providência, serve-se de meios naturais, ainda que seja livre para agir sem eles, acima deles e contra eles, de acordo com a Sua soberana vontade.

Artigo 9° - Cremos que Deus, em Sua sabedoria infinita, pode permitir que seus filhos (os eleitos) passem por dificuldades, provações e lutas, para corrigi-los e quebrantá-los a fim de que sejam soergui­dos e levados a sentir a necessidade de viver unicamente na dependência dEle, buscando a maturidade cristã. Mas, mesmo aí, é Ele, em Sua Providência, que age para o bem dos que O amam e O servem.

 

Capítulo VI

DO HOMEM

(A Queda, o Pecado, a Morte e o Livre Arbítrio)

Artigo 10 - Cremos que o homem, como afirma o artigo 6º, alínea b, foi criado soberanamente por Deus e dotado por Ele de uma alma inteligente, imortal, investida de sabedoria, justiça e santidade. O homem (Adão) e sua mulher (Eva) receberam de Deus responsabilidades, inclusive de crescerem e de se multiplicarem, sendo, por isso, nossos primeiros pais.(1)

(1) Gn 1.27; 2.15-17

Artigo 11 - Cremos que Deus, em Sua soberania, fez com Adão e Eva um concerto de vida. Concerto esse extensivo a toda a sua posteridade, neles representada. Esse concerto de vida incluía a obediência irrestrita a Deus.

Artigo 12 - Cremos que os nossos primeiros pais, tentados por Satanás, desobedeceram a Deus, tendo caído em pecado, tornando-se mor­tos em seus delitos e pecados desde então. Morte esta que passou a todos os seres humanos.

Artigo 13 - Cremos que ao serem criados por Deus, os nossos primeiros pais foram dotados de liberdade (livre arbítrio). Essa liberdade foi perdida em virtude de terem eles pecado. Desde então, os nossos primeiros pais e toda a sua posteridade perderam a capacidade e vontade de fazer as coisas boas que seguem a salvação.

Artigo 14 - Cremos que assim mortos em seus delitos e pecados, os nossos primeiros pais e, conseqüentemente toda a sua posteridade, só podem livremente desejar e fazer o que é espiritualmente bom, se forem alcançados pela graça salvadora do Senhor Jesus Cristo, deixando de ser escravos do pecado.

 

Capítulo VII

DOS CONCERTOS DE DEUS COM O HOMEM 

Artigo 15 - Cremos que Deus fez concertos ou alianças com o homem desde a sua criação.

a) O primeiro Concerto foi feito no Éden. Através dele, a vida foi prometida a Adão e à sua descendência, sob condições pessoais de obediência, as quais o homem tinha capacidade de cumprir;

b) Devido a sua queda (pecado) o homem se tornou incapaz de, por si mesmo, viver de acordo com aquele concerto;

c) Desde então, manifestando sempre a Sua Graça e a Sua Misericórdia, Deus fez com o homem vários concertos, incluindo o Concerto da Lei, com Israel, explicitado no Antigo Testamento;

d) Na plenitude dos tempos revelou-se o Concerto da Graça, feito com a Igreja. Este Concerto está contido no Novo Testamento, onde se evidencia a pessoa de Jesus Cristo que, através do Seu sacrifício na Cruz do Calvário, outorgou-nos a nós, seres humanos, a Graça e a Misericórdia do Deus-Pai.

 

Capítulo VIII

DA SANTIFICAÇÃO 

Artigo 16 - Cremos que os que são efetivamente unidos a Cristo, chamados e regenerados, devem viver uma vida de santificação e de abandono do pecado.

a) A vida de santificação deve ser o objetivo primeiro dos salvos em Cristo Jesus que devem buscá-la a todo momento.(1)

(1) Hb 12.14

b) Essa vida de santificação é capaz de levar o salvo a crescer na graça, em perfeita santidade e no temor a Deus, mas só pode ser conseguida com a ajuda e atuação do Espírito Santo.

 

Capítulo IX

DA GRAÇA DE DEUS

(A extensão da Graça, A Fé Salvadora e A Segurança da Salvação) 

Artigo 17 - Cremos na Graça de Deus. Graça é uma palavra de importância central no Novo Testamento. É o favor imerecido de Deus; é o Seu amor que não merecemos. Essa graça não pode ser resistida.

Artigo 18 - Cremos que a extensão dessa Graça está baseada na soberania e livre vontade de Deus que, independentemente de qualquer influência, faz com que essa Graça alcance a todos os eleitos, que não a podem resistir.(1)

(1) 2 Tm 1.9;  Jo 5.21;  6.37

Artigo 19 - Cremos que a Fé Salvadora é uma graça pela qual os eleitos de Deus são habilitados a crer para a Salvação de suas almas. As principais características desta fé são: aceitar, receber e descan­sar somente em Cristo para a justificação, santificação, certeza da vida eterna e da glorificação a ser recebida por amor e misericórdia de Deus.

Artigo 20 - Cremos que a Graça Irresistível de Deus é algo seguro e inabalável, que também propicia ao homem uma Salvação perfeita, igualmente segura e inabalável. Assim, os santos, também conhecidos como eleitos de Deus, não podem perder-se porque a sua salvação é assegurada pela imutá­vel vontade de Deus.

 

Capítulo X

DO ARREPENDIMENTO PARA A VIDA E

DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS 

Artigo 21 - Cremos que o arrependimento para a vida (salvação) é uma graça evangélica através da qual a pessoa, tocada pelo Espírito Santo, reconhece, humildemente, os seus pecados e passa a viver uma nova vida, sob o domínio do Espírito Santo, procurando agradar a Deus acima de todas as coisas.

Artigo 22 - Cremos que sendo a salvação efetivada segundo a imutável vontade de Deus, o crente persevera firme nesta salvação e, seguro pela mão forte e protetora de Deus, mesmo que venha a transgredir os preceitos da palavra, é por Ele soerguido e vai para o céu porque esta é a vontade de Deus.

 

Capítulo XI

DA LEI DE DEUS 

Artigo 23 -  Cremos que Deus deu aos nossos primeiros pais uma lei moral,  através da qual o homem se comprometeu a obedecer irrestritamente aos preceitos estabelecidos por Deus. Cremos que essa lei, escrita no coração, continuou a ser norma perfeita de conduta, mesmo depois da queda do homem, até o dia em que Deus resolveu transformá-la em lei escrita, no Monte Sinai, dando a Moisés as Tábuas da Lei, com leis morais ao lado de leis cerimoniais. Cremos também que o crente em Cristo não está debaixo da Lei, mas sabemos que a Lei, embora sem nenhum poder salvífico, é importante como princípio de conduta e, segundo o apóstolo Paulo, ela serviu de aio para conduzir a Cristo.

   

Capítulo XII

DA LIBERDADE CRISTÃ E

DA LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA

Artigo 24 - Cremos na liberdade cristã, adquirida por Jesus Cristo para seus fiéis. Essa liberdade é, fundamentalmente, libertação das penas do pecado, da condenação da Lei e da ira de Deus. Assim, libertados dos rigores e exigências da Lei Cerimonial, temos livre acesso á presença de Deus, sem intermediários, para gozarmos da comunhão com Ele. Comunhão que só os santos ou os eleitos podem ter.

Artigo 25 - Cremos que a liberdade outorgada ao crente pela bondade e misericórdia de Deus, atinge a sua consciência que, em conseqüência, é livre de preceitos, doutrinas e mandamentos criados pelos homens que, de algum modo, sejam contrários à Palavra de Deus ou não tenham fundamento nela. Crer em tais preceitos humanos contrários à Palavra de Deus significa trair a liberdade de consciência que nos foi dada por Deus.

 

Capítulo XIII

DA ADORAÇÃO E

DO DIA DE DESCANSO (= sábado)

Artigo 26 - Cremos que é dever do povo de Deus prestar-Lhe adoração. Essa adoração deve ser prestada segundo os princípios das Sagradas Escrituras e nunca conforme a imaginação e invenção humanas. A adoração que prestamos a Deus através dos cultos deve constar de Cânticos, Orações (de louvor, intercessórias, de consagração, de confissão, de gratidão), pregações, instruções e aconselha­mentos, sempre dentro de princípios bíblicos, evidenciando um culto racional, segundo o ensino do apóstolo Paulo.(1)

(1) Rm 12.1,2; Cl 3.16

Artigo 27 - Cremos que Deus estabeleceu um dia de descanso (= um sábado). Esse dia deve ser dedicado a Ele dentre os sete que temos em uma semana. Como cristãos, o dia que dedicamos ao Senhor é o primeiro dia da semana porque ele nos faz relembrar a grande vitória do Cristianismo: A RESSUR­REIÇÃO DO SENHOR JESUS CRISTO, ponto básico e fundamental da pregação evangélica. O primeiro dia da semana é o sábado (= descanso) do cristão e deve ser guardado como um dia de descanso e como um dia santo (= separado para o Senhor). Guardar o dia do Senhor como um dia santificado é um dos meios da Graça.

 

Capítulo XIV

DA LEI DOS COMPROMISSOS E VOTOS 

Artigo 28 - Cremos que a vida cristã impõe compromissos ao crente. São compromissos que dizem respeito a sua vida pessoal e a sua vida como membro do Corpo Místico de Cristo que é a Sua Igreja. A salvação não depende do cumprimento desses compromissos, mas esses compromissos devida­mente cumpridos são evidência clara e indiscutível da verdadeira salvação. Além disto, o cumprimento desses compromissos traz conforto, segurança e edificação aos crentes em Jesus Cristo.

Artigo 29 - Além dos compromissos inerentes à vida cristã, cremos também que o crente em Jesus Cristo pode fazer votos ao Senhor. Esses votos não são juramentos, que foram abolidos pelo Senhor Jesus Cristo.(1) São compromissos especiais assumidos liberalmente com Deus e que devem ser cumpridos com atenção,(2) pois a Bíblia nos adverte quanto ao perigo de votos não cumpridos.(3)

(1) Mt 5.33-37     (2) Sl 116.14     (3) Ec 5.1-7

 

Capítulo XV

DA IGREJA DE DEUS 

Artigo 30 - Cremos que a Igreja foi constituída pelo Senhor Jesus Cristo.(1) Essa Igreja, que é Universal e Invisível, compõe-se de todos os eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo, o qual tem como cabeça o Senhor Jesus Cristo. Ela é a esposa, o corpo místico e a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.(2)

(1) Mt 16. 16-19      (2) Ef 1.10,22,23; Cl 1.18; Ef 5.23,27,32

Artigo 31 - Cremos que essa Igreja, no seu aspecto visível, é também Universal e se espalha por todo o mundo em comunidades locais, onde os eleitos se reúnem para exercitar os seus dons, evangelizar os perdidos, edificar-se e para louvar e prestar adoração a Deus através dos seus cultos.

 

Capítulo XVI

DA COMUNHÃO DOS SANTOS 

Artigo 32 ‑ Cremos na comunhão dos santificados em Cristo Jesus. Embora esses santificados não se tornem uma só pessoa, pois possuem personalidades diferentes, têm comunhão na graça, no sofrimen­to, na morte, na ressurreição e nas glórias de Jesus Cristo, seu Senhor e Mestre.

a) Essa comunhão espiritual se evidencia nas práticas e no convívio entre os santificados e, especialmente ao se reunirem eles para louvor e adoração, o que constitui um dos meios da Graça.

b) Essa comunhão não pode efetivar-se plenamente quando há diferenças de princípios doutrinári­os fundamentais à fé por parte de pessoas ou grupos que se querem confraternizar prestando adoração em conjunto.

 

Capítulo XVII

DOS SACRAMENTOS

Artigo 33 - Cremos que os sacramentos ou ordenanças instituídas por Nosso Senhor Jesus Cristo são apenas duas: O Batismo e a Ceia do Senhor.

a) O Batismo não tem poder salvífico mas é importante porque é o selo da fé, a manifestação pública de que o crente nasceu de novo;

b) As Igrejas congregacionais brasileiras oriundas do trabalho pioneiro do Dr. Robert Reid Kalley, como as nossas, entendem que o batismo por aspersão ou afusão são corretos e bíblicos, embora respeitem outras formas de batismo praticados por grupos evangélicos. Essas igrejas também  não aceitam o pedobatismo (= batismo infantil), característica dos congregacionais em todo o mundo e, também, princípio estabelecido na Declaração de Savoy, uma das bases dessa Confissão.

Artigo 34 - Cremos que o sacramento da Ceia do Senhor é um momento importante na vida do cristão. Ele não significa que um novo sacrifício esteja sendo feito nem que Jesus esteja presente nos elementos com Seu corpo, sangue, alma e divindade, como pressupõe a eucaristia entre os romanistas; antes, é uma recordação (feito em memória) da Obra Redentora do Senhor Jesus Cristo: Sua Morte, Sua Ressurreição e Sua Vinda futura, que constituem estímulo, iluminação e encorajamento para os servos de Deus. Por tudo isto, a participação na Ceia do Senhor é considerada um dos meios da Graça.

a) Os elementos da Ceia do Senhor são o pão e o vinho, símbolos do corpo e do sangue do Senhor Jesus;

b) Somente os santificados em Cristo Jesus, que já selaram a sua fé através do batismo, têm o privilégio de participar da Ceia do Senhor.

 

Capítulo XVIII

DA DOUTRINA DAS ÚLTIMAS COISAS

(A Segunda Vinda, O Estado do Homem Depois da Morte,

A Ressurreição - para a morte e para a vida, O Juízo Final) 

Artigo 35 - Cremos que o Senhor Jesus Cristo, conforme o testemunho profético da Palavra de Deus e, segundo a sua própria promessa, virá uma Segunda vez para levar os seus remidos.(1)

(1) Jo 14.1-3

a) Na Segunda Vinda do Senhor Jesus, os crentes que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois os que estiverem vivos serão arrebatados, todos com corpos incorruptíveis, para o encontro com o Senhor  nos ares, onde se darão as Bodas do Cordeiro;(2)

(2) 1 Ts 4.13-18; Ap 19.1-10

b) Enquanto são celebradas as Bodas do Cordeiro, na terra se dará a Grande Tribulação;(3)

(3) Mt 24.15‑28

c) Na Grande Tribulação se efetivarão os juízos de Deus contidos em Apocalipse, capítulos  4 a 19. Ao final dela se dará a volta do Senhor Jesus Cristo em poder e grande glória, o julgamento das nações, a prisão de Satanás por mil anos e o início do reino milenial do Senhor Jesus Cristo;

(4)  Mt  24.29‑31; 25.31‑46; Ap 20.1-6

d) Ao final do reino milenial do Senhor Jesus Cristo, Satanás será solto, seduzirá as nações, tentará levantar-se contra o rei, mas será destruído juntamente com as suas hostes pelo fogo que descerá do céu. Aí se dará a Segunda Ressurreição e os ímpios serão condenados eternamente. (5)

(5) Ap 20.7-15

Artigo 36 - Cremos que o estado do homem depois da morte é de consciência perfeita, em sofrimento ou em gozo eterno ao lado do Senhor.

a) Os corpos depois da morte voltam ao pó, mas as almas, que nunca morrem nem dormem, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dos salvos, tornadas perfeitas em santidade, são recebidas nos mais altos céus, onde vêem a face de Deus em luz e glória, aguardando a completa redenção dos seus corpos;

b) As almas dos ímpios são lançadas no inferno onde permanecem em tormenta e densas trevas aguardando o julgamento do grande dia do juízo;

c) As Escrituras só reconhecem esses dois lugares para onde as almas separadas de seus corpos vão. Não encontramos nas Escrituras nenhuma base para algo como o purgatório ou um lugar onde as almas ficam a purificar-se.

Artigo 37 - Cremos na Ressurreição dos corpos conforme o ensino da Bíblia, que acontecerá em dois períodos distintos: A ressurreição dos que morreram em Cristo, também chamada de Primeira Ressurreição ou de ressurreição dentre os mortos e, a ressurreição dos ímpios ou dos que morreram sem Cristo, chamada de Segunda Ressurreição ou ressurreição para morte. A Primeira Ressurreição se dará antes da Grande Tribulação e a Segunda Ressurreição depois do reino milenial de Jesus Cristo. (6) Assim como a Segunda Ressurreição é chamada de ressurreição para a morte, a primeira é chamada de ressurreição para a vida.

(6) 1 Ts 4.16; Ap 20.1-6; 11-15

Artigo 38 - Cremos que Deus tem reservado um dia em que julgará o mundo ímpio com justiça através de Jesus Cristo, a quem foi dado todo o poder e todo o juízo. Esse juízo final se dará após o reino milenial de Jesus Cristo e nele serão julgados todos os ímpios e os anjos caídos, numa época em que as palavras proféticas de Pedro já se terão cumprido (7) e, por isso, foi revelado a João que esse juízo se dará num lugar de cuja presença fugiram a terra e o céu. (8)

(7) 2 Pe 3.7,12     (8) Ap 20.11-15




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